domingo, 4 de novembro de 2012


É com grande alegria que venho falar neste post sobre a volta daquela que por muito é o considerada uma das maiores bandas de rock nacional: O Barão Vermelho.
Com o intuito de comemorar os 30 anos do lançamento de seu primeiro disco, o Barão inicia a turnê "+1 Dose" que vai contar com vários sucessos da banda que serão "resgatadas", além de contar com música inédita na voz do Cazuza, que era o vocalista da banda em 1982 (ano de lançamento do primeiro disco).
Esse primeiro disco recebe o nome da banda, logo que foi lançado o disco conquistou sucesso imediato. Entretanto, para esse sucesso a banda teve que excluir algumas musicas do disco, incrementar outras e fazer aquele rock que todos queriam ouvir; Desse modo a musica "Sorte e Azar" acabou ficando de fora. Mas para a alegria dos fãs essa musica foi recentemente achada, gravada apenas com a voz de Cazuza. A banda então resolveu gravar a base musical em cima da voz o que culminou no lançamento de mais uma musica do Barão na voz do Cazuza. Confira abaixo a musica "Sorte e Azar":


A turnê vai contar com grande parte de sua formação original, entre eles o guitarrista e vocalista (pós-Cazuza) Roberto Frejat e o baterista Guto Goffi. Dentre os sucessos que serão resgatados do primeiro disco estão: "Billy Negão", "Bilhetinho Azul" e "Ponto Fraco". nos shows também serão tocadas musicas de todos os discos, fornecendo realmente um repertorio bem amplo e interessante.
Comfira algumas palavras de Rodrigo Santos (baixista) sobre a volta da banda em entrevista dada ao jornal "O Fluminense":

Como é celebrar 30 anos do primeiro disco da banda? Algum momento marcou a carreira do grupo? Qual?
Acho que as duas apresentações nos festivais Rock in Rio foram antológicas, cada qual a sua maneira. O show de 2001 foi impecável, talvez o melhor da banda até hoje. A abertura dos shows dos Rolling Stones também foram muito marcantes. As cinco apresentações foram antológicas. Bom, todos os discos e épocas têm seus detalhes que foram importantes na carreira, mas acho que o melhor sempre estará por vir! 30 anos não são 30 dias e portanto, não é qualquer um que chega a essa fase da carreira com o nome tão forte. Somos privilegiados e batalhamos por isso. Do primeiro ao último disco, do primeiro a último show, o Barão sempre foi uma banda de rock! O que nos dá mais glamour e força ainda, visto tudo o que foi mudando nesses 30 anos no mercado fonográfico. Permanecemos vivos, com o público do nosso lado e trazendo mais e mais fãs, que hoje em dia já completam três gerações. O avô leva o neto, ou melhor, o neto leva o avô! (risos).







Abraço a todos e obrigado por ler o blog!




sábado, 20 de outubro de 2012

Bidê ou Balde
"Me Deixa Desafinar"



"Me deixa desafinar eu tenho direito
Me deixa desafinar eu tenho defeito
Eu gosto e essa não é sobre amor"



Nesse post eu venho falar sobre um banda que até pouco tempo eu não conhecia: Bidê ou Balde.
Assisti pela primeira vez a banda no programa "Som Brasil: Cazuza", numa interpretação incrível de "Maior Abandonado". Essa é uma banda de rock nacional, formada em 1998 na cidade de Porto Alegre no Rio Grande do Sul. Confira abaixa a execução da musica Maior Abandonado e da música Me Deixa Desafinar:





sexta-feira, 14 de setembro de 2012

"Gessinger, Licks e Maltz"

"Há tantos quadros na parede, há tantas formas de se ver o mesmo quadro. 
Ninguém = Ninguém ..."



Lançado em 1992, "Gessinger Licks e Maltz" (popularmente conhecido como "GLM") é o 7º disco lançado pela banda Engenheiros do Hawaii.
O disco leva o sobrenome dos três membros da banda, em sua formação clássica e de maior e inegável sucesso:


Da esquerda para a direita:
Humberto Gessinger ( voz, baixo, violão e teclado)
Augusto Licks ( guitarra, violão e teclado)
Carlos Maltz ( bateria e percussão)

O álbum traz musicas que ate hoje fazem sucesso, e outras nem tão conhecidas mas que são bem interessantes. Na lista abaixo algumas curiosidades sobre o disco:

- A música "Parabólica" foi feita em homenagem à filha de Humberto, a letra é do próprio Humberto e a música de Augusto Licks.

- A letra da musica "Ninguém = Ninguém" foi tema de redação do ENEM 2007.

- Conhecida como uma das melhores musicas feitas por Gessinger em parceria com Licks, "Canibal Vegetariano Devora Planta Carnívora" é uma das musicas mais interessantes do disco, embora não tenha feito muito sucesso.

- A música "Pose" foi regravada por Gessinger em 2004, no disco Acústico MTV em que a canta junto com sua filha 

- Observando atentamente a capa do disco, vemos q as letras G, L e M formam a engrenagem que está ao centro da capa.

O disco possui um caráter de rock progressivo bem interessante, e vale a pena ser ouvido.

Nota: 
Todo mês Humberto Gessinger faz twitcam, nas quais ele toca os sucessos dos discos lançados pelos Engenheiros do Hawaii. Neste mês de setembro o disco escolhido foi o "Gessinger, Licks e Maltz", comprei a camisa tema da twicam, por isso me interessei muito em escrever este artigo, e publicar algumas fotos =D



mais informações sobre as twitcams: 
https://twitter.com/1bertoGessinger
http://blogessinger.blogspot.com.br/


Vídeo clip da música Ninguém = Ninguém

http://www.youtube.com/watch?v=J9tP5uj0ofM

Abraço!

sexta-feira, 7 de setembro de 2012

                            "Frejat: Ao Vivo Rock In Rio"


Considerado por muito um dos melhores guitarristas dos anos 80, Roberto Frejat lança este ano o CD e DVD "Ao Vivo Rock in Rio", que reúne os sucessos tocados no festival de 2011.
Antes de mais nada é importante ressaltar que Frejat ja é um tanto experiente no quesito Rock in Rio. Em 1985 ele subiu ao palco como guitarrista de uma das bandas de maior sucesso do rock nacional: o Barão Vermelho. Depois do sucesso do show, foi lançado em 2007 o CD e DVD "Barão Vermelho: Ao Vivo Rock in Rio 1985".



O ano de 1985 marcou também a saída de Cazuza e início de Frejat como vocalista do Barão Vermelho. Depois de duas pausas da banda, Frejat segue atualmente carreira solo.

Voltando ao show de 2011, podemos destacar vários aspectos que tornaram o show de Frejat um grande sucesso. 
Iniciando o show com a música Exagerado, o público foi ao delírio, e para muitos foi como se voltassem à era de ouro do rock nacional. O show contou também com o momento família, no qual Rafael (filho de Frejat) tocou guitarra junto ao pai, fazendo bonito no solo de "Malandragem". Também foram relembrados alguns sucessos dos anos oitenta como: "Caleidoscópio" e "Ainda é cedo".


Para os amantes do rock nacional, este é um disco indispensável para relembrar os tempos que estão por voltar!

Recado sobre o Dia da Independência:

 Será que a musica brasileira é independente? sera que o que ouvimos atualmente é legitimamente brasileiro ou será que ouvimos apenas o que o mundo quer que ouçamos?
Com certeza a musica brasileira é rica, com certeza podemos descobrir cada vez mais sobre ela, basta saber aonde olhar.
É por isso que eu digo: "Valorizemos a musica brasileira, busquemos a nossa independência musical!"

Não interessa o que diz o ditado
não interessa o que o Estado diz
nós falamos outra língua
moramos em outro país!



terça-feira, 28 de agosto de 2012

A presença do teclado na música dos anos 80

Mais prático que o piano e mais amplo que acordeão, o teclado é um instrumento muito utilizado na música brasileira, e sua participação no universo musical dos anos 80 é bem interessante.
Com a ascensão do Rock nacional (conhecido também como BRock) no final dos anos 70, os tradicionais pianos da bossa nova ficaram pra trás, e no começo dos anos 80 as bandas passaram a adotar uma formação um tanto diferente e que é característica visível desta época: os power trios.
Baixo, guitarra e bateria. Três instrumentos que, juntos, construíram grande parte da historia musical da época.
 Entretanto, muitas vezes faltava algo nas musicas, talvez alguma coisa mais abstrata, que favorecesse a diminuição de ritmo de algumas musicas ou então que desse mais consistência a outras. Foi então que os power trios passaram a adotar o teclado em algumas musicas, juntamente com alguns efeitos que davam mais vida ao instrumento. Rock Organ talvez tenha sido o principal desses efeitos (ele possui um som um tanto semelhante ao chorus das guitarras).
Normalmente, nas musicas que entrava o teclado, o mesmo substituía o baixo, daí surgiu a necessidade dos músicos multi-instrumentista, ou seja, que tocavam mais de um instrumento.
Caminhando um pouco mais, podemos observar também que muitas musicas que foram tocadas no auge da guitarra dos anos 80, tiveram seu formato mudado durante a virada do século. Desse modo, muitas musicas que foram originalmente gravadas na guitarra são tocadas hoje em dia no teclado.
Finalizando, espero que possa ter mostrado ao leitor ao menos um pouco da historia desse intrumento, e abaixo vai um vídeo da minha banda tocando a musica "O Papa é Pop" , nesse vídeo eu toco teclado (to de boné branco kk ) numa musica que originalmente não possuía este instrumento.

A qualidade do vídeo não está boa, mas da pra assistir.






Um abraço a todos!
e um agradecimento especial à Mariana S. pelo elogio ao blog!




quarta-feira, 18 de julho de 2012

A Revolta dos Dândis
"Entre o fim do mundo e o fim do mês; Entre a verdade e o rock inglês..."


"A Revolta dos Dândis" é um disco lançado em 1987, pela banda Engenheiros do Hawaii. Conhecido também como "O da capa amarela", este foi o segundo disco da banda, que contava na época com a sua formação clássica e de maior sucesso:

Augusto Licks (Guitarra, violão, harmônica e voz)
Carlos Maltz (bateria, percussão e voz)
e Humberto Gessinger (Voz, baixo e guitarra)


Gessinger (canto direito), Licks (canto esquerdo) e Maltz (meio)
Faixas:
LADO A:
1 - A Revolta dos Dândis I
2 - Terra de Gigantes
3 - Infinita Highway
4 - Refrão de Bolero
5 - Filmes de Guerra, Canções de Amor
LADO B:
6 - A Revolta dos Dândis II
7 - Além dos Outdoors
8 - Vozes
9 - Quem Tem Pressa Não Se Interessa
10 - Desde Aquele Dia
11 - Os Guardas da Fronteira

Capa do LP

Capa do CD


Esse disco apresenta várias curiosidades:

- A capa do CD é diferente da capa do LP, pois teve que passar por uma reforma para se adequar ao novo formato
- No encarte do LP e do CD, a letra da música Infinita Highway apresenta um trecho diferente da forma cantada por Gessinger:

"Cento e dez, cento e vinte, cento e QUARENTA..." (no encarte do album)
"Cento e dez, cento e vinte, cento e SESSENTA..."   (na versão cantada por Gessinger)

- o LP possui também a letra da musica Sweet Gardênia, que segundo Carlos Maltz nunca chegou a ser gravada:

"Ele trabalhava num posto de gasolina
Ela era a filha mais bela
Da família mais fina
Um dia eles se encontraram
Numa dessas esquinas
E nada aconteceu
(Nada aconteceu)"

- Esse disco também marca o começo de Humberto Gessinger como baixista da banda.

- Dividida em duas partes, a faixa título é um dos singles desse disco. A faixa "A Revolta dos Dândis II" foi muito tocada pela banda até o inicio dos anos 90, e aparece também no disco ao vivo "Alívio Imediato" (1989); Porém, deixou de ser tocada alguns anos depois, e hoje em dia é pouco conhecida. Apenas um trecho dessa musica aparece no disco "Acústico MTV"(2004), formando um mixe com a parte I:

Na versão original:

A Revolta dos Dândis I:                                             
"Entre americanos e soviéticos, gregos e troianos  
entra ano e sai ano                                                   
sempre os mesmos planos"                                      

A Revolta dos Dândis II:                                          
"Já não vejo diferença entre os dedos e o anéis,    
já não vejo diferença entre a crença e os fiéis..."  



No Acústico MTV:

A Revolta dos Dândis:
"Entre os dedos e os anéis, entre a crença e os fiéis
entra ano e sai ano, sempre os mesmos planos..."   


Classificado como um dos 10 melhores discos de Rock Nacional, A Revolta dos Dândis é um disco essencial na prateleira de qualquer colecionador. 


A Revolta dos Dândis II         
A Revolta dos Dândis I          



domingo, 20 de maio de 2012

Novidade Contemporânea 


A rotina é algo que nos faz agir de forma significantemente diferente e automática. Levemos em conta um exemplo meu:

Todos os dias, de segunda à sexta, eu pego o transporte escolar para chegar ao local onde estudo Eletrotécnica. Durante todos esses dias a radio que é ligada na van é a mesma, e todos os dias somos embalados pelas musicas do Luan Santana e do Michel Teló (Tem também a musica do "Eu quero tchu, eu quero tcha.." , mas nem sei de quem é a musica, depois eu dou uma olhada no Google).

O que eu quero dizer com isso? bem esse exemplo mostra como é normal a industria musical ser centralizada em apenas um foco. As rádios que passam as mesmas musicas todos os dias tentam nos obrigar a gostar dessas musicas, e estamos tao presos na rotina que nem nos damos conta disso. 
Percebemos também que a tendencia de todas as musicas atualmente é a mesma, varias vezes é possível descobrir qual é a rima no verso seguinte e outras vezes conseguimos adivinhar ate mesmo o refrão da musica antes de ouvi-lo.  
A rotina nos mostra também como é difícil para novas bandas chegarem ao sucesso, ou ao menos mostrar o seu trabalho. Vivemos na era da velocidade mas estamos presos dentro dela. Penso muito no quão interessante é descobrir novas musicas, novos estilos, novas bandas. É muito fácil compartilhar, nas redes sociais, trechos das musicas de artistas já consagrados, porém eu acho muito mais interessante apresentar às pessoas musicas que poucos conhecem, musicas que apresentam grande potencial para fazer sucesso mas que não tem a oportunidade de se mostrar ao mundo.
" Novidade Contemporânea" pode ter vários significados , mas pra mim representa o desejo de descobrir coisas novas, novos estilos, novas musicas, novos artistas.